Quem fuma ou convive com fumantes sabe que o cigarro está quase sempre atrelado a uma bebida. Há quem fume somente quando toma bebidas alcoólicas. Mas para quem não passa um dia sem cinco ou seis cigarros, quase sempre na outra mão, tem uma xícara de café.
Como não fumo, sempre achei que o café – que tem um sabor marcante – teria a função de aliviar o gosto (e o cheiro) do tabaco, que fica na boca de quem fuma. Ocorre que, uma pesquisa recém-publicada mostra que os cientistas têm, na realidade, uma outra visão.
Explicação científica
Segundo os pesquisadores, parece que há uma variante genética hereditária (sempre achei que filhos de pais que fumam também o faziam somente por hábito), que faz com que as pessoas busquem por mais cafeína.
O gene, nesse caso, é chamado de CHRNA5. Quanto mais colunas você apresentar desse gene, mais cigarros ou cafés você vai precisar para se saciar.
De acordo com o pesquisador Marcus Munafò, da Universidade de Bristol, ainda não se sabe exatamente o objetivo real da variante genética, mas o efeito colateral aparece claramente no estudo.
A conclusão baseou-se na análise dos hábitos de fumar e tomar café de 250 mil pessoas no Reino Unido, Dinamarca e Noruega. Apenas no caso do Reino Unido, as pessoas parecem substituir o café também por chá – bebida tradicional dos ingleses.
Soma-se a essa pesquisa outro estudo de 2004, que afirma que os subprodutos do fumo aumentam a atividade das enzimas hepáticas. Essas enzimas aceleram o metabolismo de forma a perder os efeitos da cafeína mais rapidamente.
Portanto, isso faria com que os fumantes tivessem de consumir mais café para obter o mesmo resultado que os não fumantes.
Faz sentido, não?
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