Descubra 7 mitos sobre a cafeína

Demonizada por muitos, a substância pode ser mais útil do que se imagina

O que você sabe (ou acha que sabe) sobre a cafeína? Existem muitos mitos a respeito dessa substância, considerada por muitos um estimulante natural da melhor espécie.

Se por muito tempo a cafeína foi vista como vilã, várias pesquisas têm mostrado que o consumo inteligente e não abusivo pode fazer bem ao corpo.

7 mitos sobre a cafeína

Para que serve a cafeína?

Errou quem disse que serve para acordar. A cafeína é produzida por algumas plantas como forma de proteção contra pragas. Ela é capaz de matar certos insetos e proteger as mudas mais jovens de café (já ouviu falar naquela história de que a borra de café afasta formigas…?).

Encontrada em vários alimentos (e não apenas no café, como muita gente pensa), a cafeína estimula o coração e o sistema nervoso central. Ela é capaz de bloquear os efeitos da adenosina, um neurotransmissor responsável pelo relaxamento e cansaço. Ela também atua no equilíbrio dos níveis de adrenalina, dopamina e norepinefrina.

Uma xícara de café leva de 20 minutos a 1 hora para despertar uma pessoa.

Agora que você já sabe o básico sobre a substância, que tal destruir alguns dos mitos a respeito dela?

Mito 1: café forte tem mais cafeína

Não. Café “forte” geralmente é café torrado ou café concentrado. O sabor não indica a quantidade de cafeína presente na bebida. Ao contrário: a cafeína é facilmente extraída com água quente, ou seja, quanto mais tempo em contato com a água, mais cafeína a bebida terá. Por isso, cafés coados possuem mais cafeína que ristrettos.

Mito 2: crianças não podem tomar café

Se isso fosse verdade, eu já deveria estar morto. Na verdade, se tomado em quantidades moderadas, o café é processado da mesma forma no organismo das crianças. Não existe nenhuma pesquisa científica que tenha associado a cafeína à hiperatividade ou a problemas em crianças. Mas como tudo na vida, o diabo mora nos detalhes. O consumo exagerado de cafeína pode ser ruim em todas as idades, não apenas para os pequenos.

Mito 3: cafeína vicia

Nem tudo o que termina em “ína” é viciante. A interrupção abrupta no consumo da cafeína pode causar fadiga e dor de cabeça, mas isso não é sinal de vício. Existem muitos sites na internet comparando esses efeitos a um vício. Mas esses sintomas são temporários e não causam dependência química.

Mito 4: cafeína causa câncer

De novo, a ciência tem mostrado que não existem provas conclusivas que associem uma coisa à outra. Também não existe nenhuma prova de que ela possa ajudar a prevenir a doença.

Mito 5: café descafeinado não tem cafeína

Essa é uma pegadinha… sim, café descafeinado ainda tem cafeína, mas em quantidades mínimas. Em uma pessoa com pouca sensibilidade à substância, o efeito da cafeína nessas bebidas é imperceptível. Mas existem médicos que aconselham que pessoas com insônia evitem até mesmo o consumo de cafés sem cafeína a partir das 16 horas.

Mito 6: a cafeína causa problemas cardíacos

Pessoas com arritmia cardíaca são desaconselhadas a consumirem cafeína. Mas para pessoas sem problemas no coração, não existem riscos. Na verdade, algumas pesquisas vêm associando o consumo de cafeína à proteção do órgão. Uma delas mostrou que quem bebe de 1 a 4 xícaras de café por dia tem menos propensão a desenvolver problemas no coração e diabetes tipo 2.

Mito 7: a cafeína ataca o fígado

Outro mito derrubado pela ciência. Uma pesquisa mostrou que o risco de cirrose é diminuído em até 84% por quem consome café regularmente. O café também pode proteger os intestinos, aumentando a quantidade de bactérias presentes na flora intestinal. Para quem tem gastrite, tem-se verificado que o consumo de café de alta qualidade (não queimados) tem pouco impacto negativo sobre o estômago.

Mas lembre-se: estamos falando do consumo MODERADO da cafeína. Em excesso, qualquer substância é maléfica (até mesmo a água). Mulheres grávidas, por exemplo, devem evitar o consumo de café. O café em excesso também pode causar insônia, agitação e tremores em pessoas sem problemas de saúde.

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Wilame Vallantin

Wilame sempre tomou café, mas a bebida se tornou sua profissão em 2014, quando foi contratado para trabalhar na sede da Nespresso, na Suíça. Formado em Comunicação com especialização em Data Science, escreve sobre café desde 2015. Adora visitar cafeterias e tem paixão por microlotes.

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